domingo, 24 de outubro de 2010 | By: Unknown

Fórum da Paz prepara profissionais para detectar crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica



O Fórum da Paz realizado na última terça-feira (04/12), na Escola Padre Antônio de Melo Costa, na Charneca, no Cabo de Santo Agostinho, reuniu representantes da rede de articulação social de proteção à criança e ao adolescente, composta por diversas entidades governamentais, sociedade civil organizada e Ongs para discutir o combate violência doméstica contra a criança e o adolescente. O evento foi organizado pelo Movimento Tortura Nunca Mais, através do Projeto Atos, e em parceria com o Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Cabo e a Prefeitura.


Segundo Rose Massapé, coordenadora do Projeto Atos, o fórum vai preparar os profissionais, que atuam no Cabo de Santo Agostinho no trabalho com crianças e adolescentes para identificar possíveis casos de violência doméstica na infância. "A partir de uma ação conjunta, vamos fortalecer a rede de proteção, orientando profissionais para detectar crianças em situação de risco através da maneira como se comportam na escola e na comunidade, ou em consultas nos postos de saúde", explicou. A presidente do Conselho, Edna Gomes, lembra que o problema precisa ser atacado pela raiz. "Vamos trabalhar através das escolas e na rede de saúde para que possamos estar construindo multiplicadores. Sabemos que é dentro de casa que a criança tem o seu direito violado, então precisamos preparar esse profissional para que possa estar identificando e de uma certa forma coibindo esse tipo de violência, uma vez que nem sempre os adultos estão preparados para fazer esse tipo de denúncia. Enfim, na verdade este é um problema da sociedade", afirma.


O Projeto Atos (Atendimento Terapêutico e Orientação Social) atua na comunidade quilombola Onze Negras, em parceria com a Petrobrás e o Governo Municipal, oferecendo aos jovens oficinas de capoeira, dança, percussão e arte circense. Os pais dos alunos do projeto podem participar da oficina de arte culinária, que tem como objetivo gerar renda para a família. "A violência social influencia o relacionamento familiar. Inserir os pais no mercado de trabalho pode ajudar a melhorar essa relação", defende Rose Massapé.


Para Maria José de Fátima, presidente da Associação de Moradores do Engenho Trapiche, e membro da Comissão Estadual das Comunidades Quilombolas, esse tipo de ação é fundamental para fortalecer a comunidade. "A Prefeitura do Cabo, através da Secretaria de Programas Sociais, tem nos ajudado muito. Eles nos oferecem o suporte necessário para tirar nossos jovens da ociosidade", afirmou Fátima. "E essa ajuda é muito importante", continua. "Recebemos todo o material de percussão, algumas roupas para o grupo de dança, e outros benefícios. Agora podemos tirar os jovens das ruas, preparar as mães para o trabalho como doceiras e garantir a dignidade dos moradores das Onze Negras, que é a única comunidade quilombola da região metropolitana, reconhecida pela Fundação Palmares", finaliza.


Publicado em 04/12/2007
Link: http://www.cabo.pe.gov.br/noticias.asp?codigo=1073

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